Eles andam por aí?
1 – O acontecimento
No dia 26 de julho teve lugar – facto inédito – uma audição de três testemunhas, credíveis, na Subcomissão para a Segurança Nacional, no Congresso dos Estados Unidos. Tal seria notícia de pouca monta não fosse o assunto em discussão ser sobre “fenómenos aéreos não identificados”, vulgarmente conhecidos como ÓVNIS ou, na designação atual (mais abrangente porque inclui não apenas os voadores como os submersíveis) UAPs .
2 . As testemunhas
As três testemunhas ouvidas e interrogadas pelos congressistas foram:
- David Fravor, ex-comandante da Marinha dos EUA – falou sobre a sua experiência enquanto comandante de uma esquadrilha de aviação a bordo do porta-aviões Nimitz, que, em 2004, teve contactos documentados com UAPs, um deles denominado como TIC TAC , por se assemelhar a um bolo de forma oblonga e arredondado nas pontas, o qual, no dizer da testemunha, quando aperreado pelos aviões dessa esquadrilha, subiu, em segundos, do nível do mar até à estratosfera.
- Ryan Graves, piloto de caças relatou diversos encontros com aeronaves desconhecidas e, nos radares especiais das naves de combate detetou muitos sinais preocupantes.
- David Grusch, ex-oficial (ao nível de Coronel) de Inteligência Militar, responsável pela elaboração das informações de segurança a prestar, diariamente, ao Presidente dos EUA, afirmou estar o Governo dos Estados Unidos na posse de inúmeras provas sobre estes assuntos e acusa-o de formar vários grupos com o intuito de esconder a informação e criar, sobre esses fenómenos, desinformação e descrédito. Disse ainda, embora não seja testemunha presencial dessas situações, mas tê-la recebido de fontes credíveis, possuir o Governo pelo menos ”uma espaçonave não humana e pilotos mortos”.
- A inquirição na subcomissão de Segurança Nacional do Congresso
Submetidos a várias perguntas dos Congressistas sobre as experiências de cada um, todos reafirmaram a veracidade dessas situações, descrevendo-as com a maior clareza possível, demonstrando o receio de que muitos observadores qualificados (pilotos militares e comerciais), têm no reporte desses avistamentos com temor das represálias feitas contra quem se dispõe a testemunhar essas situações. Reafirmam que, sobretudo para a aviação comercial (que não dispõe de instrumentos tão sofisticados para deteção de aeronaves como os militares), tais eventos representam perigo grave de colisões e sublinham a necessidade de legislação que motive e proteja quem presta essas informações.
Ryan Graves, a dado passo sublinha “Se os UAPs são drones estrangeiros, é um problema urgente de segurança nacional. Se é outra coisa, é uma questão para a Ciência. Em qualquer dos casos serão sempre uma preocupação para a segurança de voo”
Por outro lado, Graves e Fravor, a partir da experiência própria, declararam “A tecnologia que enfrentámos era muito superior a qualquer coisa que tínhamos” e todos se prontificaram a fornecer mais informações aos congressistas, em ambiente restrito, para não ficarem sob a alçada de sanções provenientes das suas obrigações de confidencialidade em relação a pessoas não qualificadas. Grusch afirmou ainda poder fornecer “lista de testemunhas cooperativas ou hostis” aos congressistas desta subcomissão.
- Conclusões
Afirmando não estarem a falar de “homenzinhos verdes” e sim de um problema real de Segurança, as testemunhas deixaram claro que o Congresso está a ser mantido na ignorância sobre fenómenos anómalos não identificados e que agências do Poder Executivo têm, por anos, mantido segredo sobre objetos misteriosos. Foi ainda acrescentado existirem programas de “engenharia inversa” provenientes do estudo de UAPs acidentadas, dos quais obtiveram, como se disse, informações credíveis no decorrer das suas funções oficiais.
Por fim, justificaram as declarações feitas ao Congresso, sob juramento, com o desejo de instigá-lo a legislar e a investigar de forma a obrigar o Poder Executivo, ressalvando problemas de Segurança Nacional, a ser mais transparente sobre quanto oculta do seu conhecimento sobre “fenómenos anómalos”.
- E agora…
Pareceu-me interessante trazer à vossa reflexão este importante passo dado, oficialmente, para a clarificação de um fenómeno tão presente como aproveitado por gentes sem escrúpulos ou varridinhos da cabeça. Penso que o assunto, embora muito controverso, poderá estar a entrar por caminhos sérios. É inegável a existência de avistamentos – individuais ou em grupo, por gente anónima e por especialistas – arrumados para o campo das idiotices. Vivemos numa galáxia com milhões de estrelas e planetas e com a extensão de 100.000 anos-luz. As dificuldades de comunicação ou aproximação entre possíveis civilizações tecnológicas são enormes, mas não impossíveis; por outro lado, muitos protótipos de tecnologia avançada são tão secretos que a mentira ou a negação é, para quem os gere, a melhor estratégia. Por enquanto, escolha cada um a explicação que mais lhe agradar, embora pense que todos devemos unir-nos a estas três testemunhas para obrigar a que, quem sabe, seja obrigado à verdade que nos é devida.
Publicado in, “Rostos On-Line”