a face
I
no cabo da madrugada
espero a face da rua
ganham espaço pedaços de memórias
sabores a mais na espacial arcada
de circunspectos danos
perdido em casos arranco os castiçais
facilito arrumos
percebo o estranho momento das cigarras
II
lágrimas verdes
janelas facetadas
resplandecem no vagaroso rolar das vagas
que mais
ideais
idades
lodos debruçados
vales ou
madrugadas do meu nome
III
coberto de veias recordo o meu país
o corpo de cobaia volta ao ponto de partida
sombrio arcanjo
na esclerose dos desígnios
quando o som fica sozinho
ou se ausenta
o movimento retoma o objeto
dá a solução
esclarece o movimento
IV
primavera doce
aparta-me a visão
em que se forja o intento dos cabos
como quem recomeça o mundo
ativo danos
perfaço saudades
nada desfaço
e nada desejei
descubro-me o objeto
reconheço a lei