memórias XXIII - mensagem
Terça-feira, 06.07.10
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I
constrói um pouco da coluna
que nos dias ergue o sol
abraça as cordilheiras do tédio
o prado esmaecido pela brisa do lago
as espantosas chuvas que se oferecem
ao chamamento das aves
sobre o fio da música repousarás
asa que destapa o sonho e enfrenta
o vórtice do vácuo
as palavras irisdecem nos céus de estrelas em febre
II
só o imaginário é virgem de magníficos sem fins
significâncias com que a voz agradece o dia
substância correspondendo ao sentimento das águias
tudo é aquilo que é sendo outra coisa
o caminho tende à compreensão do infinito
à inqualificável magia de viver
como se viver
não fosse mais que estar vivo e recomeçar
III
por onde ainda iremos na frescura das manhãs
como o vento como o barco como o barro
donde consta o homem foi moldado
em perfumes de inconsutil finitude
tudo está em nós e se prolonga
diferentemente em outras consciências
tal mãos sonhando a casa por nascer
a controvérsia fio de afirmação
traça à luz dos discursos a vela de iluminar rotas
exacto momento de equinócio
diáfanas relações de vento e água
excluindo as evidentes chuvas de inverno
emersas da zanga natural dos tempos
numa precária espera de espaço
a minha balança de eixo desviado
equilibra a pequenez azul e brancamente franjada
do repouso em todas as direcções
não há outra escolha que o movimento
abracemos então a dança dos fantasmas e transportemos
o longe para o perto que por não o ser
sempre será
amanhã
I
constrói um pouco da coluna
que nos dias ergue o sol
abraça as cordilheiras do tédio
o prado esmaecido pela brisa do lago
as espantosas chuvas que se oferecem
ao chamamento das aves
sobre o fio da música repousarás
asa que destapa o sonho e enfrenta
o vórtice do vácuo
as palavras irisdecem nos céus de estrelas em febre
II
só o imaginário é virgem de magníficos sem fins
significâncias com que a voz agradece o dia
substância correspondendo ao sentimento das águias
tudo é aquilo que é sendo outra coisa
o caminho tende à compreensão do infinito
à inqualificável magia de viver
como se viver
não fosse mais que estar vivo e recomeçar
III
por onde ainda iremos na frescura das manhãs
como o vento como o barco como o barro
donde consta o homem foi moldado
em perfumes de inconsutil finitude
tudo está em nós e se prolonga
diferentemente em outras consciências
tal mãos sonhando a casa por nascer
a controvérsia fio de afirmação
traça à luz dos discursos a vela de iluminar rotas
exacto momento de equinócio
diáfanas relações de vento e água
excluindo as evidentes chuvas de inverno
emersas da zanga natural dos tempos
numa precária espera de espaço
a minha balança de eixo desviado
equilibra a pequenez azul e brancamente franjada
do repouso em todas as direcções
não há outra escolha que o movimento
abracemos então a dança dos fantasmas e transportemos
o longe para o perto que por não o ser
sempre será
amanhã