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La Palissadas – 5

Quinta-feira, 13.06.13

 

1 – O ministro Nuno Crato é um homem que não gosta de perder;

2 – Mesmo quando perder é dar razão à Justiça;

3 – O que pode significar que seja um homem injusto;

4 – A injustiça, mais que a ociosidade, é a mãe de todos os vícios;

5 – Que podem ir da demagogia, falsidade, até à perda do senso da decência mínima;

7 – Despreza -se a decência quando, sem razão, procura-se vencer pelo medo;

8 – Vencer pelo medo não dignifica o pseudo vencedor, nem resolve os problemas;

9 – Adia-os. Simplesmente;

10 – Foi o que ele fez ao mandar a Comissão Nacional de Exames exarar uma determinação para que os diretores de escolas convoquem, para o dia dezassete, todo o corpo docente;

11 – Ora tal convocatória é uma nulidade legal;

12 – O ministro, certamente, não a desconhece;

13 – A Comissão Nacional de Exames não é o governo, nem a assembleia da República;

14 – É tão-somente um órgão executivo do Ministério da Educação que zela pela boa decorrência dos exames:

15 – Isto é, entre outras coisas, pela correção de processos e legalidade;

16 – Logo a Comissão, o Ministro, atropelaram estas duas funções, atribuindo-se direitos que não têm;

17 – A Greve é uma forma de luta em que os empregados negam o seu trabalho à entidade empregadora;

18 – Se, como é de prever o trabalho executado é útil e necessário, provocará, inevitavelmente, danos a alguém;

19 – Espera-se, preferencialmente, serem esses danos dirigidos aos empregadores;

20 – Pode, porém, pelo entrelaçamento da sociedade, causar danos colaterais;

21 – São de lamentar, mas ocorrem independentemente da vontade dos contendores;

22 – Tal como na guerra, segundo Clausewitz na sequência de Sun Tzu, essas ações ofensivas são a continuação da política por outros meios;

23 – Procura-se pois causar tanto dano ao adversário que este reconsidere e perceba ser mais frutuoso retornar à mesa de negociações, com mais vontade de harmonizar o diferendo;

24 – Não servirá para nada, senão para envergonhar que a manda fazer e quem a executa, a nota convocatória da Comissão Nacional de Exames;

25 – Suspendendo, a Greve, as relações laborais, o empregador está coibido de dar quaisquer indicações ou ordens aos seus administrados;

26 – Assim, nenhum professor, declarado em Greve, deve obediência a tal ordenação que apenas visa dividir por instauração do medo;

27 – Apenas terão de obedecer a uma requisição civil;

28 – A qual obedece a regras estritas e tem estatuídas as condições e formas de sua emanação e execução;

29 – Até agora tal não foi feito;

30 – Nem o ministro quis reconhecer as razões que assistem ao Tribunal Arbitral para, à face da lei, considerar não haver lugar à designação de serviços mínimos;

31 – O que enraiveceu o ministro Crato sentindo beliscado o poder de em tudo e da sua maneira mandar;

32 – Quis para isso assustar os professores, criar a confusão nas escolas, voltar os pais contra os educadores, preparar o caminho para a divisão entre escolas particulares e oficiais ou, dito de outro modo, escola da primeira e de segunda, ou ainda para pobres e ricos;

33 – Este é o substrato da raiva mal contida demonstrada, da irritação descabida das suas réplicas, da certeza de que o seu jogo está a ser desmascarado.

 

O ministro, que antes de o ser, expandiu conceitos e teorias sobre a qualidade de ensino, aceitou destruir a escola democrática, igual para todos. Rendeu-se aos próceres da exclusão social, tentou amedrontar onde não podia ordenar. Não se admirem se a seguir ao ataque ao Estado Social, às reformas e vencimentos, os próximos visados venham a ser os juízes e os tribunais. Estão a ser muito incómodos aos  seguidores da política do quero posso e mando e vocês que se encolham. Mas, está enganado. Encolhido estará ele dentro de pouco tempo. A decência assim o exige. Senão ainda vamos, a exemplo da Grécia, ficar sem televisão pública, de surpresa, num destes dias. Já o tentaram, mas foram inábeis.

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publicado por Carlos Alberto Correia às 22:09

La Palissadas - 4

Quarta-feira, 12.06.13

 


 1 - O Dr. Passos Coelho não gosta da Constituição que lhe permitiu formar governo;

 

 

2 - Se lhe fosse possível já a teria substituído por outra, onde os direitos individuais fossem bem mais reduzidos;

 

3 - Não é que seja insensível e não goste das pessoas;

 

4 - Trata-se somente de facilitar aos mercados a via mais direta para a exploração das massas que não nasceram, nas sua perspetiva..., para outra coisa senão para serem veículos de lucros maximizados;

 

5 - Como não podia deixar de ser o seu governo é, com ele, solidário;

 

6 - Prefeririam que ela não existisse, sobretudo como é;

 

7 - Não lhe sendo possível eliminá-la tornam-se funâmbulos a tripudiarem sobre a mesma;

 

8 - Ao Senhor Silva, também conhecido por Sr. Professor e Presidente (alcunhas que aceita com agrado) ou ainda como trabalhador circense perito em alegrar as pessoas (epíteto que manifestamente lhe desagrada) caberia zelar pelo bom cumprimento da  mal amada Constituição;

 

9 -Mas o senhor que além de garante da lei fundamental deveria ser o presidente de todos os portugueses, por escolha ou limitação, é apenas o presidente do governo da sua cor;

 

10 - Permite, pois, que os Srs. Coelho, Gaspar e tantos outros membros deste desgoverno apresentme, repetidamente, projetos de leis e orçamentos consabidamente inconstitucionais;

 

11 - Não os trava e, por vezes, timidamente, esboça um esgar de desagrado, o qual não passará disso mesmo;

 

12 - Tentam deste modo fazer recair em cima de inocentes os descalabros das suas anedóticas políticas;

 

13 - Eles estão sempre de boa vontade e só pretendem o bem comum;

 

14 - O outros, todos os outros, é que lho impedem;

 

15 - Por isso não se coíbem de não cumprir leis vigentes, nem sentenças emanadas de órgãos competentes;

 

16 - Qualquer cidadão que tal fizesse seria demandado criminalmente e, seguramente condenado;

 

17 - O governo continua a apresentar leis inconstitucionais e a não cumprir sentenças a que está obrigado;

 

18 - Vide, recentemente, os casos do pagamento do subsídio de férias da função pública e a recusa a cumprir as decisões do Tribunal Arbitral sobre a Greve dos Professores;

 

19 - É um governo de tendência autoritária e que faz birras quando as coisas não lhe correm a jeito;

 

20 - E ainda ninguém foi preso ou pelo menos acusado do crime de desobediência contumaz;

 

21 - A tudo isto assiste, impávido e sereno, o Sr. Silva, negando-se a cumprir o que jurou fazer;

 

22 - A conclusão que se me apresenta é estarem todos já, em plena consciência e aceitação, à margem da lei;
 

 

 

 

Como nem sequer estão ainda indiciados dou comigo a pensar nos perigos das maiorias absolutas, ainda por cima com um presidente abúlico da mesma cor. Esta situação fá-los esquecer a quem pertence a soberania; pensam que a Democracia são eles; que o seu modo de pensar e agir não é somente o melhor, mas o único, o insubstituível. Daí às inquisições vai  um "passo de ganso".

 

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publicado por Carlos Alberto Correia às 11:40

La Palissadas - 3

Quarta-feira, 12.06.13

 

 

 

 


 

 

 1 - O Sr. Eng.º Mira Amaral veio informar-nos que é obrigatório gostar de Vítor Gaspar;

 

 

 

2 - A razão apontada e indiscutível é a de o Sr. Schauble gostar de Vítor Gaspar;

 

3 - Pessoalmente nutro um asco visceral por Mira Amaral;

 

4 - Confesso que tal me faz embirrar com tudo quanto ele diz e me apetece fazer o contrário;

 

5 - Para além disso, a visão sinistra do ministro das finanças al...emão recorda-me fantasmas que não quero ver regressar;

 

6 - O Gaspar das contas erradas parece-me um contabilista melancólico, naufragado num mar de números virtuais de onde foram erradicadas as pessoas;

 

7 - Este contabilista sorumbático ofereceu aos patrões de Mira Amaral um banco, a preços de saldo, limpinho de dívidas, que ele, com o nosso dinheiro, se comprometeu a pagar;
 
 
 8 - Percebo que Mira Amaral goste de Gaspar; que Gaspar goste de Schauble; que Schauble goste de Gaspar e que, reconhecido Mira Amaral goste dos dois.
 
Só não entendo porque é que nós também havíamos de gostar de qualquer deles. Parecia-me bem mais correto, gostando tanto uns dos outros, que se casassem em troika, fossem felizes e emigrassem para outro Universo onde não tivéssemos que aturá-los, nem sermos vítimas das suas mega ganâncias.

 

 

 

 

 

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publicado por Carlos Alberto Correia às 11:34

La Palissadas - 2

Quarta-feira, 12.06.13

 


 1 - O Dr. Passos Coelho afirmou: - Que se lixem as eleições;

 

2 - Ao comemorar o segundo aniversário do pesadelo a que chama "o seu governo", disse - nem poderia dizer outra coisa - ir candidatar-se nas próximas legislativas;

 

3 - De caminho afirmou não ter medo dos portugueses;

 

4 - Não sendo a inversa verdadeira a dúvida entrou-me na alma: - sabendo-se que perderá qualquer sufrágio ...a que se submeta, estará a pensar substituir as eleições por nomeação (lembrem-se do horror do Gaspar à simples ideia de ter sido eleito) do FMI, Goldman Sachs, Grupo Bilderberg ou pela inefável Merkel? - ou então está a fazer fita, copiando aquele fulano, borrado de medo, agarrando-se com pés, dentes e mãos aos amigos, berrando valentemente agarrem-me se não vou-me a ele.

 

 

 

Levando em conta o adiantado de esquizofrenia revelado entre as ações do Pedro no Governo e os lancinantes lamentos do Pedro Cidadão, no blogue, contra o primeiro, fico na dúvida sobre o que o Povo dever fazer. Demiti-lo ou interná-lo?

 

 

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publicado por Carlos Alberto Correia às 11:27

La Palissadas -1

Quarta-feira, 12.06.13

 

 

 

 

1 - Se sairmos da União Europeia, saímos da Europa? Para onde? África, Oceânia, América ou Ásia?

 

 2 - Antes do Euro Portugal já existia?

 

3 - Entrámos para a União Europeia para vivermos melhor e com mais paz social? Então porque não as temos?

 

 

 Estou confuso. Ajudem-me, por favor.

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publicado por Carlos Alberto Correia às 11:25